25/12/2012

Cientistas brasileiros estudam uso de maconha para tratamento da esquizofrenia

Um grupo de cientistas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto investiga o uso de canabidiol contra a esquizofrenia, doença que distancia o paciente da realidade e tem causas desconhecidas. Canabidiol é considerada um canabinóide, ou seja, faz parte dos 80 componentes presentes na planta cannabis sativa, popularmente conhecida como maconha. No entanto, diferentemente do canabinóide Delta 9-Tetrahidrocanabinol (THC), que é o responsável pelos efeitos típicos da planta – alucinógenos e estimulantes – o canabidiol não produz essas sensações. De acordo com Antonio Waldo Zuardi, professor titular de psiquiatria da Faculdade de Medicina de Ribeirão da Universidade de São Paulo (USP), a substância examinada foi usada em diversos estudos com animais e humanos, os quais sugeriram que a substância pode atenuar sintomas psicóticos. O estudioso explica que o canabidiol é alvo de pesquisas de muitos cientistas brasileiros e também do exterior. “Este ano, foi publicado um estudo realizado por um grupo de pesquisadores alemães, que mostra que o canabidiol diminuiu os sintomas de pacientes esquizofrênicos de forma semelhante a outro antipsicótico já conhecido”, disse. Segundo o pesquisador, a substância  tem a vantagem, em relação ao medicamento já existente, de apresentar baixa propensão a produzir efeitos colaterais indesejáveis. Além de apresentar sinais de eficácia na redução de sintomas psicóticos, a utilização do canabidiol é estudada em outros quadros, como transtornos de ansiedade, doença de Parkinson, sono, abstinência de drogas e como anti-inflamatório.
Cientistas brasileiros estudam uso de maconha para tratamento da esquizofrenia
(Bahia Noticias)

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