30/03/2011

Obama assinou ordem secreta para apoiar rebeldes na Líbia, diz agência


Obama assinou ordem secreta para apoiar rebeldes na Líbia, diz agência

Documento autorizaria operações da CIA, dizem fontes do governo.
Oficialmente, Obama afirma que não descarta hipótese de armar oposição.

Do G1, com agências internacionais
O presidente dos EUA, Barack Obama, assinou uma ordem secreta autorizando apoio oculto aos rebeldes que tentam derrubar o ditador da Líbia, Muammar Kadhafi, segundo fontes governamentais ouvidas pela agência Reuters nesta quarta-feira (30).
Obama assinou o documento há duas ou três semanas, segundo quatro diferentes fontes próximas ao tema.
O documento autorizaria operações secretas feitas pela CIA, principal agência de inteligência do país.
A CIA e a Casa Branca não comentaram a informação.
Os EUA, outros membros da Otan e países árabes integram uma coalizão que está conduzindo ataques aéreos contra as forças de segurança do governo líbio, cumprindo um mandado da Organização das Nações Unidas (ONU) para proteger os civis que se opõem a Kadhafi.
Oficialmente, Obama e a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, afirmam que a possibilidade de armar os rebeldes líbios não está descartada, mas que nada foi feito nesse sentido até agora.
"Não estou, não estou descartando", disse Obama na véspera após ser questionado em entrevista na rede NBC.
Rebeldes guardam posição em estrada próximo à cidade líbia de Brega nesta sexta-feira (30) (Foto: Reuters)Rebeldes guardam posição em estrada próximo à cidade líbia de Brega nesta sexta-feira (30) (Foto: Reuters)
Enquanto isso, no campo de batalha, forças leais a Kadhafi ganham terreno sobre os rebeldes, apesar dos bombardeios aliados às tropas do governo líbio, agora sob comando da Otan.
Os altos funcionários dos EUA que monitoram a situação da Líbia dizem que no momento nem Kadhafi nem os rebeldes, que pediram armas às potências ocidentais, parecem capazes de obter avanços decisivos.
Embora os ataques aéreos dos EUA e aliados tenham causado graves danos às forças militares de Kadhafi e afetado sua cadeia de comando, segundo autoridades, os rebeldes permanecem desorganizados e sem condições de tirar proveito do apoio militar ocidental.
Pessoas a par dos procedimentos do setor de inteligência dos EUA dizem que as decisões presidenciais relativas a ações encobertas costumam ser costuradas de modo a dar margem a uma autorização ampla para um grande espectro de ações do governo em apoio a um objetivo secreto particular.
Para que operações específicas sejam realizadas sob o amparo dessa autorização abrangente -- por exemplo, a entrega de dinheiro ou armas às forças anti-Kadhafi -- a Casa Branca também teria de dar uma "permissão" adicional para o prosseguimento dessas atividades.
Em 2009, Obama deu um aval semelhante à expansão das ações secretas de contraterrorismo realizadas pela CIA no Iêmen. A Casa Branca não costuma confirmar se tais ordens foram dadas.
O chanceler do governo Kadhafi, Mussa Kussa, teria deixado o governo por não concordar com os ataques a civis, indo buscar abrigo no Reino Unido, segundo o governo britânico.
Conflitos na Líbia 30/03 (Foto: Editoria de Arte / G1)










fonte: g1.globo.com

0 comentários:

Postar um comentário