04/11/2010

Brasil ocupa 73ª posição entre 169 países no IDH 2010



Brasil ocupa 73ª posição entre 169 países no IDH 2010

Relatório aponta educação de baixa qualidade como principal problema.
A partir deste ano, IDH foi feito com base em novos cálculos e variáveis.


O relatório do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) para 2010, divulgado nesta quinta-feira (4), mostra o Brasil na 73ª posição entre 169 países. Os cinco primeiros colocados são, pela ordem, Noruega, Austrália Nova Zelândia, Estados Unidos e Irlanda. O cinco últimos são Zimbábue, República Democrática do Congo, Níger, Mali e Burkina Faso.
Como neste ano o IDH sofreu mudanças metodológicas, não é possível comparar a posição do Brasil com as de anos anteriores.
Mas, para se obter uma base de comparação, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) recalculou os dados brasileiros dos últimos dez anos com base na nova metodologia.
Por esse recálculo, o Brasil ganharia quatro posições e registraria crescimento de 0,8% no índice.  Em 2010, com a nova metodologia, o IDH brasileiro foi de 0,699, numa escala de 0 a 1. Em 2009, com a metodologia antiga, o Brasil ocupava a 75ª posição no ranking, com IDH de 0,813.
Segundo o relatório deste ano, o IDH do Brasil apresenta "tendência de crescimento sustentado ao longo dos anos".
Mesmo com a adoção da nova metodologia, o Brasil continua situado entre os países de alto desenvolvimento humano, como em 2009.
De acordo com o relatório, o rendimento anual dos brasileiros é de US$ 10.607, e a expectativa de vida, de 72,9 anos. A escolaridade é de 7,2 anos de estudo, e a expectativa de vida escolar é de 13,8 anos.
De acordo com o economista Flávio Comim, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), no novo IDH "o Brasil continua na sua trajetória, que é uma trajetória muito harmônica, ou seja, o IDH brasileiro vem crescendo igualmente nas três dimensões [saúde, educação e renda]".
O relatório destaca o "sucesso econômico recente" do Brasil, que desafiou "a ortodoxia do Consenso de Washington", um receituário de medidas liberais no campo econômico. Também são feitas referências positivas aos programas de distribuição de renda brasileiros.
De acordo com o relatório, 8,5% dos brasileiros são pobres e "sofrem privação" em saúde, educação e renda. Destes, o principal item, segundo o relatório, é a educação. "O que mais pesa na pobreza é a educação. O novo IDH mostra que é necessário dar mais importância à educação no Brasil", disse Comim.
Educação
Segundo Comim, o novo IDH é mais exigente quando se trata de educação. "Foram introduzidas novas variáveis, uma nova fórmula de cálculo, e, dentro dessa nova fórmula, um padrão mais alto sobre o sistema educacional e a qualidade desse sistema", explicou o economista.
"Então, não basta mais colocar as crianças e os jovens na escola. Agora, eles têm que estar na série adequada, na série que se espera que eles estejam para que você consiga dar a eles uma oportunidade igual", disse Comim. Segundo ele, "o desafio para o Brasil evoluir ficou maior".
"Com o novo IDH, você tem novos critérios, e é dentro desses novos critérios, que são mais qualitativos, que nós [o Brasil] devemos ser julgados. À medida que você levanta esses novos critérios, a ambição de ter um sistema educacional melhor, um sistema educacional mais justo, fica mais evidente do que era antes. Antigamente, nós tínhamos apenas taxa de matrícula e alfabetização. Hoje, temos um modelo dentro do qual nós estamos esperando que as pessoas estudem mais e com qualidade melhor, e é isso que está sendo refletido no novo IDH", explicou Comim.
Confira o ranking completo do IDH
PosiçãoPaís
Noruega
Austrália
Nova Zelândia
Estados Unidos
Irlanda
Liechtenstein
Países Baixos
Canadá
Suécia
10ºAlemanha
11ºJapão
12ºCoreia do Sul
13ºSuíça
14ºFrança
15ºIsrael
16ºFinlândia
17ºIslândia
18ºBélgica
19ºDinamarca
20ºEspanha
21ºHong Kong
22ºGrécia
23ºItália
24ºLuxemburgo
25ºÁustria
26ºReino Unido
27ºSingapura
28ºRepública Checa
29ºEslovênia
30ºAndorra
31ºEslováquia
32ºEmirados Árabes Unidos
33ºMalta
34ºEstônia
35ºChipre
36ºHungria
37ºBrunei Darussalam
38ºQatar
39ºBarém
40ºPortugal
41ºPolônia
42ºBarbados
43ºBahamas
44ºLituânia
45ºChile
46ºArgentina
47ºKuwait
48ºLetônia
49ºMontenegro
50ºRomênia
51ºCroácia
52ºUruguai
53ºLíbia
54ºPanamá
55ºArábia Saudita
56ºMéxico
57ºMalásia
58ºBulgária
59ºTrinidade e Tobago
60ºSérvia
61ºBielorrússia
62ºCosta Rica
63ºPeru
64ºAlbânia
65ºRússia
66ºCazaquistão
67ºAzerbaijão
68ºBósnia-Herzegovina
69ºUcrânia
70ºIrã
71ºMacedônia
72ºMaurícia
73ºBrasil
74ºGeórgia
75ºVenezuela
76ºArménia
77ºEquador
78ºBelize
79ºColômbia
80ºJamaica
81ºTunísia
82ºJordânia
83ºTurquia
84ºArgélia
85ºTonga
86ºFiji
87ºTurquemenistão
88ºRepública Dominicana
89ºChina
90ºEl Salvador
91ºSri Lanka
92ºTailândia
93ºGabão
94ºSuriname
95ºBolívia
96ºParaguai
97ºFilipinas
98ºBotsuana
99ºMoldávia
100ºMongólia
101ºEgito
102ºUzbequistão
103ºMicronésia
104ºGuiana
105ºNamíbia
106ºHonduras
107ºMaldivas
108ºIndonésia
109ºQuirguízia
110ºÁfrica do Sul
111ºSíria
112ºTajiquistão
113ºVietnã
114ºMarrocos
115ºNicarágua
116ºGuatemala
117ºGuiné Equatorial
118ºCabo Verde
119ºÍndia
120ºTimor Leste
121ºSuazilândia
122ºLaos
123ºIlhas Salomão
124ºCamboja
125ºPaquistão
126ºCongo
127ºSão Tomé e Príncipe
128ºQuênia
129ºBangladesh
130ºGana
131ºCamarões
132ºMianmar
133ºIémen
134ºBenim
135ºMadagáscar
136ºMauritânia
137ºPapua-Nova Guiné
138ºNepal
139ºTogo
140ºComores
141ºLesoto
142ºNigéria
143ºUganda
144ºSenegal
145ºHaiti
146ºAngola
147ºDjibuti
148ºTanzânia
149ºCosta do Marfim
150ºZâmbia
151ºGâmbia
152ºRuanda
153ºMalawi
154ºSudão
155ºAfeganistão
156ºGuiné
157ºEtiópia
158ºSerra Leoa
159ºRepública Centro-Africana
160ºMali
161ºBurkina Faso
162ºLibéria
163ºChade
164ºGuiné-Bissau
165ºMoçambique
166ºBurundi
167ºNíger
168ºRepública Democrática do Congo
169ºZimbábue
Fonte: Pnud Brasil

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